Nunca li nada de Borges antes desse conto, me enrolei um pouco para entender do que se trata o conto, me senti confusa em algumas passagens da leitura, e tive que reler para poder pelo menos escreve algo razoável.
Pelo que pude perceber do conto o narrador
é onipresente e onisciente, ele é narrador e espectador do que está acontecendo na história, ele sabe tudo pois ele viu tudo o que ninguém mais viu, através do narrador o leitor conhece a personagem central o "velho Mago" e sabemos dos sentimentos dele.
Esse "Mago" se refugia em um templo para realizar seu sonho de sonhar com um homem perfeito e que de tão perfeito esse homem se torne real. Muitos dias se passam e o seu sonho vai tomando forma até se tornar real, porém o mago descobre que seu filho que não pode ser queimado (pois é o homem perfeito de seus sonhos) está descobrindo que é apenas um sonho, uma ficção (uma criação da mente do Mago), e no momento que o Mago tenta salvar seu filho do fogo, descobre que ele também não pode arde nas chamas e que portanto também é obra de um sonho de outra pessoa.
Esse conto me lembrou muito o filme A origem, posso até está falando bobagem, mas a ideia de está sonhando dentro do sonho de outro, ou ser obra do sonho de outro me remete ao filme. O conto fala sobre a criação do ser humano como ser perfeito, a existência e a noção de realidade ou sonho. Se olharmos para o filme A origem vemos essa noção de realidade ou ficção (sonho).
O conto mexe com a ideologia de realidade ou ficção, como saber se estamos sonhando? só saberemos se não nos machucarmos fazendo coisas que no mundo real nos machucaria. Também pensei ao ler na ideia de que sonhamos com o que desejamos inconscientemente, o Mago quer sonhar com o homem perfeito, o homem sem nenhum defeito moral nem físico, e no contexto o Mago é o sonho de alguém, porém em minha concepção ele também pode ser a ideia de homem perfeito que está sendo sonhado por alguém que desejou o mesmo que ele.
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