As melhores coisas do mundo é um filme brasileiro de drama de 2010, inspirado na série de livros Mano, que a propósito eu não li, mas achei o filme bacana, apesar de ter perdido o início. Ele estava passando na Sessão Brasil desta semana, nem sabia que filme ia passar, mas acabei parando nele enquanto mapeava os canais e decidi assistir. Tive sorte de ter ligado a tempo para que pudesse entender o restante do filme. É um desses filmes adolescentes de colégio, mas não é nada fútil, pois aborda muitas temáticas importantíssimas como o bullying, a popularidade (que uma das metas mais desejadas por um jovem em um colégio, essa eu considero fútil), a depressão na adolescência, sexualidade, fofocas, intrigas e a desestruturação familiar. Isso tudo envolvendo o pobre Mano (Francisco Miguez), um garoto de apenas 15 anos que enfrenta toda essa agonia que é ser um adolescente procurando um lugar na sociedade.
No início ele desabafa tudo com o seu professor de violão, amigo e confidente (Paulo Vilhena), mas logo o mesmo sai da cidade e ele se encontra sozinho, sendo o foco de muitas fofocas e o bullying por causa da sexualidade do seu pai (Zé Carlos Machado), que recentemente separou-se de sua mãe (Denise Fraga). Além do fato de já ser bastante difícil ter que passar por tudo isso, todas as notícias do colégio são postadas em um blog, desses típicos de pessoas fofoqueiras. O irmão de Mano (Fiuk, que é tão ruim atuando quanto cantando), por sua vez passa por uma fase difícil com o termino do seu relacionamento e tenta se suicidar. E sua melhor amiga (Gabriela Rocha) acaba acreditando que foi Mano quem espalhou sobre o beijo que ela deu no professor (Caio Blat) e causou sua demissão. Enfim, o filme aborda milhares de assuntos envolvendo tanto o fútil como também assuntos muito sérios envolvidos na adolescência, que estão inseridos principalmente nos colégios, o lugar onde se constrói uma imagem.
O filme é uma ótima pedida, tanto para os jovens quanto para os pais, como forma de esclarecer esses problemas enfrentados na adolescência. Aparentemente parece ser um filme bobo pela sinopse e até mesmo o próprio título, mas quem assiste percebe que filmes como esse estão em falta no Brasil (que cá entre nós, ultimamente só tem lançado filmes de comédia), com um bom conteúdo e visando os problemas da sociedade e que não se limite apenas a miséria e a pobreza. Não que isso não seja importante, mas é preciso ter uma diversificação no universo filmico. E só pra constar, esse filme ganhou 8 prêmios no Cine PE (Festival de Cinema do Recife) e foi o campeão do evento. Além de também ter ganho o prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cine para La Infancia y La Juventud de 2011 em Madri.
O trailer do filme é esse:
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