terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A garota dos delírios


Rebeca Bloom e seus delírios de consumo, realmente é uma garota cheia de imaginação e com uma vida financeira repleta de problemas, mesmo trabalhando em uma revista na qual faz artigos sobre problemas financeiros Becky não consegue resolver os seus problemas com dinheiro, vive individada e com o gerente do seu banco no encalço para que ela pague suas dividas. Becky tem um talento nato para compras é uma compradora compulsiva o que a faz entrar ainda mais nas dividas, o que é mais engraçado e interessante na história de Rebeca é que ela além de compradora compulsiva é uma sonhadora compulsiva, inventadora de desculpas compulsiva, enrolona compulsiva etc. Becky tem uma mania incrivel de citar todas as peças de roupa e acessórios que ela usa e algumas vezes cita os das pessoas a sua volta, isso por que para ela é de uma importância vital saber o que se esta usando, adora roupas de marca, conhece todas, tem um talento enorme para fazer compras e escapar de suas dividas que vão se acumulando, porém ao invés de arranjar uma forma de pagar se organizando financeiramente ela delira com possíveis milagres para suas dívidas serem pagas sem nenhum esforço.

" Quer saber do meu sonho secreto? Ele se baseia numa história que li uma vez no jornal a respeito de uma confusão ocorrida num banco. Gostei tanto que recortei e fixei na porta do meu armário. Duas contas de cartão de crédito foram enviadas para pessoas erradas e imagine só as duas pagaram a conta errada sem perceber. Elas pagaram as contas uma da outra sem nem mesmo examiná-las.

Desde que li aquela história, tenho um sonho secreto: que o mesmo acontecerá comigo. Alguma velhinha caduca em Cornwall vai receber minha conta colossal e pagar sem nem mesmo olhar para ela. E eu receberei sua conta de três latas de comida de gato, a 59 centavos cada uma. Que, naturalmente, pagarei sem questionar. Justiça é justiça, afinal. "

Becky tenta diminuir seus gasto para poder economizar e pagar as dividas dos cartões e do banco, mas sempre arranja um desculpa para justificar a compra de alguma coisa que ela nem sequer gosta ou irá utilizar, em uma dessas suas tentativas resolve fazer um programinha barato segundo ela que era ir ao museu por que a entrada seria gratuita, mas ela se engana e tem que pagar a entrada e na hora acaba comprando entrada para um temporada de exposição do museu coisa que ela nem gosta, e nesse passeio tem a ideia de pedir para os administradores do museu colocarem preços nas peças exposta, pois segundo ela chamaria mais atenção de quem fosse visitar o museu e não seria tão maçante, no museu ela fica tão entediada que só pensa em fazer compras até que encontra uma loja e vai comprar com a desculpa de fazer as compras de natal para justificar seu deslize, compras de natal em março. Sem soluções imediatas para sair do vermelho ela procura novos empregos para poder pagar suas contas, mas não dá muito certo.

Becky só percebe que tem algo errado com ela quando ela resolve se deixar levar pelo viíio e vai fazer compras é quando perceber que a sensação boa que sentia toda vez que comprava algo não está mais funcionando e muito ao contrário está deixando-a deprimida.

"Toda vez que acrescento alguma coisa à minha pilha, sinto um pequeno arrepio de prazer, como no momento de soltar fogos. E, por um instante, tudo está bem. Mas depois, aos poucos, a luz e os brilhos desaparecem e fica só a escuridão fria novamente. E então eu procuro alucinadamente em volta por alguma coisa mais."

Ela imagina mil maneiras de conseguir pagar suas dividas: ganhar na loteria, o banco esquecer suas dividas, casar com um milionário etc. E assim faz planos para tudo e se esquece do principal pagar as contas, sem depender de sonhos impossíveis. Becky não dá muito valor ao seu trabalho de jornalista financeira e não se importa muito com o que as pessoas pensam dela até que aos poucos no meio de toda confusão de sua vida ela percebe que está magoando pessoas que gostam dela e só muda de atitude quando ver que sua displicencia prejudicou pessoas queridas.


Os delírios de consumo de Becky Bloom não é apenas um romance, o romance acontece no finalzinho do livro, é sim um livro sobre uma consumidora compulsiva e endividada, sever como alerta para quem está indo por esse caminho, muito do que Becky passa na história tem pessoas que passam na vida real, exemplos disso é não querer falar com o cara do cartão de créditos, as faturas se acumulando, querer jogar fora as cartas do banco etc.

Como em um romance Becky se dar bem, mas até quando? Ela não deixou a compulsividade por compras de lado, só diminuiu, apenas por que ela passou por maus bocados. É um livro engraçado e que passa a lição de que se você não tem dinheiro para pagar não compre ou acabará como a Rebeca que delirava em pagar suas dividas e conseguir dinheiro para comprar mais.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Carta à Mariana Alcoforado



“ Agora vemos em espelho de maneira confusa, mas, depois veremos face a face.”
São Paulo (C. 10-67)

Cara Mariana, resolvi lhe escrever esta carta de desculpas pelas ofensas que expressei a sua pessoa ao ler pela primeira vez suas cartas ao Sr. C, ao relê-las percebi o quanto fui injusta e má com relação aos seus sentimentos, sei que nunca obterei resposta sua ao meu pedido, essa carta é mais uma foma de tentar compreender você através das suas palavras, ora de amor, ora de ódio, ora de dor.
Primeiro quero justificar o motivo de meu pedido de desculpas, ao tornar a ler suas cartas percebi que meus sentimentos com respeitos a elas mudaram bastante desde a primeira leitura, antes tinha raiva de você hoje não sei bem como me sentir com relação as suas cartas e a sua pessoa, realmente tive muita raiva, mas essa já se dissipou a menos de 24 horas, talvez no decorrer dessa carta você compreenda o por quê, já que ela servirá também como um reflexão explicativa.
Não compreendi os motivos de você não ter parado de escrever logo depois da primeira carta, eu não teria me exposto tanto e é dessa sua expossição que mais tenho raiva, ninguém deveria abrir seus sentimentos com tanto afinco como você fez, mesmo amando intensamente (como você parecia está). É uma pena não termos como saber as respostas do senhor C., assim teriamos como analisar os dois lados da moeda, mas é daí que vem o mistério que envolve sua história de amor. Talvez você se pergunte por que meu pensamento sobre você e suas cartas mudaram, porém ainda não sei o verdadeiro motivo, fiquei conversando com meus botões e nada foi descoberto apenas mudei e sou honesta em confessar minha mudança, imaginei se tivesse lido suas cartas quando estava na adolescência, época que me apaixonava até por uma folha que caísse de uma árvore em minha frente, época qual eu não era tão racionalista, talvez tivesse chorado e me comparado a você em sua dor, ódio, amor e principalmente ansiedade por respostas, pode ser isso, pode ser pela agonia da ansiedade que eu tenha mudado meus pensamentos e resolvido lhe escrever, mesmo sabendo que talvez você não tenha existido, mas como tudo começou com cartas, por que não escreve uma para a mulher que suas cartas se tornaram uma obra literária estudada em todo mundo.
Mariana será que o que você sentia pelo senhor C. era amor ou desejo? Ou os dois? Para mim você tinha uma concepção dualista pelo senhor C. você o amava e o desejava, mas qual desses dois sentimentos falava mais forte? Antes eu tinha certeza que era apenas desejo lhe via como uma mulher reclusa que teve uma noite de prazer com um homem e não conseguiu desapegá-se dele e do prazer que ele lhe deu (é apenas minha opinião ao ler suas cartas pela segunda vez, quem sabe daqui há alguns anos quando eu torna a lê-las eu tenha outra opinião), voltando a minha percepção atual, você o amava pelo menos você diz isso, é claro que o desejo existiu, porém mesmo com a distância e com o “desinteresse” aparente do senhor C. você continuou a escrever com a mesma intensidade as outras cartas mesmos essas não contendo os mesmos sentimentos da primeira, você foi perceverante de seus sentimentos, persistente na busca de uma resposta que lhe agradasse, sim, isso mesmo, lhe agradasse, por que mesmo obtendo resposta elas não pareciam ser suficientes para apaziguar suas dúvidas, sofrimento e ansiedade, e nem para apagar o fogo de sua paixão mesmo com toda a demora das cartas resposta.
Dizem que você amou o senhor C. até seu último suspiro, mas isso pode ser obra ilusória criada pelos seus fãs que ao longo dos séculos a transformaram em uma heróina forjada pelo impulso da exposição de sua paixão através de suas palavras. Seu amor mergulhou no Eros o que levou a sua felicidade e a tristeza e a sentimentos tão puros e intensos.

“ Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor Jamais passará.” São Paulo (C. 10-67)

Se levarmos em consideração essa passagem da biblia, podemos afirmar que você amou verdadeiramente o senhor C., você o desculpou, você acreditou que o amor de vocês era forte o bastante para resistir a todos obstáculos que a vida colocou em sua frente, você esperou pacientemente e ansiosamente por uma solução, você suportou a solidão de amar sozinha (para mim só houve paixão e amor da sua parte), a dor, e a indiferença que como você mesma diz que ele expressou em “cartas frias, cheias de banalidades e com metade do papel em branco” mostram que você percebeu que o senhor C. não com,partilhava dos mesmos sentimentos que você.
O que posso dizer sobre o senhor dos seus pensamentos o dono dos seus sentimentos mais intensos, eu particurlamente acho que o senhor C. não deu a menor importância ao que você sentia por ele, é triste, eu sei, pensar assim e julgar alguém a quem não conheci, mas essa carta é uma análise e reflexão, então posso dizer-te o que penso, os sentimentos do senhor C. com relação a você Mariana (ainda em minha sincera opinião) eram de dúvidas (se é que dúvida é sentimento) ele deve ter tido seus motivos, ele deveria ter sido mais direto em suas cartas (quem sabe ele foi e você em seu desepero de paixão não quis aceitar isso). Digo que o sentimento era de dúvidas por que a prova de que existia um sentimento desconhecido, são suas cartas, que de alguma forma restaram como registro do seu imenso amor pelo senhor C. (levando em cosideração aqui sua existência e do senhor C.) alguém deve ter guardado as cartas e as considerado importantes, mas também alguém pode não ter tido consideração nenhuma com você nem com seus sentimento ao resolver publicar e levar ao público o conhecimento do seu amor proibido e do sofrimento causado por ele, mas ainda bem que alguém fez alguma coisa a respeito de suas cartas ou não teriamos conhecimento das mesma (as pessoas gostam de saber o que se passa na vida dos outros ter conhecimento do que os outros pessam se tornou algo corriqueiro nesse século, no seu não devia ser muito diferente), acho que você se odiaria ao descobrir a que fim foi dado as cartas que você dedicou tão intensamente ao homem que amou.

“Agora, portanto, permanecem fé, esperança, amor, estas três coisas. A maior delas, porém é o amor.” São Paulo (C. 10-67)

O amor foi a única coisa que lhe restou, vou continuar com meus achimos, acho que você teve muita esperança, e você morava em um lugar que inspirava fé, quero acreditar que você teve fé principalmente de que todo o sofrimento causado por esse amor um dia se dissipasse, mas de uma coisa tenho absoluta certeza você amou.
Mariana, gostaria muito de que outras cartas suas aparecessem e que nelas constasse que você o esqueceu e foi feliz apesar de tudo, que casou, teve filhos ou simplesmente passou seus dias felizes sentada em uma cadeira de balanço olhando para o mar, porém é algo improvável de acontecer, agradeço que você ou qualquer outro alguém tenha escrito essas cartas, minha carta é endereçada a você pelo simples fato de ter seu nome no livro qual li, mas você poderia ter qualquer nome.

“ O que há em um simples nome? O que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume.”
Shakespeare
Essa carta foi escrita mais para desperta a curiosidade de quem gosta ler para a história de Mariana Alcoforado e suas Cartas Portuguesas.
OBS: pode até parece insano, louco, mas o importante é o que se sente ao escrever.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Comunicado II

Rackearam nosso blog e perdemos mais de 100 postagens conseguimos recuperar algumas e iremos continuar com nossas postagens regulares, espero e agradeço a todos que seguem nosso blog e acompanham nossas postagens.

                                                       The Others

Novos/Velhos talentos musicais nacionais


Estava sentindo falta de uma banda brasileira realmente boa pra ouvir, dei uma enjoada de só ouvir bandas gringas ultimamente, então resolvi dar uma pesquisada nas atualidades, porque aqui no Brasil é assim: Se você não sai por aí procurando, mídia nenhuma apresenta coisa de qualidade, e isso nem se trata de gosto individual, porque se o artista for bom você reconhece. Isso é recorrente da preferencia da maioria, sim claro, mas muitas pessoas já estão acomodadas a ouvir somente o que lhe é apresentado, e se ela ver apenas futilidades, ela irá ouvir apenas futilidades. No entanto, vejo uma pequena evolução na mídia televisiva, que você encontra em canais meio esquecidos como a Tv Brasil, que no programa "Alto Falante" aos sábados dispõe uma boa programação, mesmo que nem sempre apresentem artistas do nosso país, mas não deixando de ser um bom programa, e também o Canal BRZ que exibe na maior parte do tempo clips de artistas brasileiros e dão oportunidade para que os mesmos sejam reconhecidos. E devo concordar também que o programa "Som Brasil" da Rede Globo também desempenha esse papel de dar oportunidade às bandas a fazerem sua adaptação em homenagem a certo artista renomado do cenário nacional. Fora outros programas que não lembro ou ainda não conheci que se encontram na programação aberta e estão fazendo um bom trabalho quanto a isso e salvando parte da musicalidade brasileira e isso facilitou a minha busca, porque apesar de ter encontrado boas bandas perdidas por aí na internet, a maioria que eu gostei de verdade, eu vi na tv. Enfim, eu acabei encontrando bandas muito boas, bandas até antigas mas que eu não tinha parado pra ouvir ainda (porque andava ouvindo bandas internacionais, confesso u.u), porém eu resolvi dar uma pesquisada para ver se algo me agradava de verdade e acabei encontrando muita coisa de qualidade que anda um pouco escondidinha e percebi que AINDA existem bandas muito boas no cenário brasileiro.
A primeira que eu vou falar é a que eu tenho mais ouvido, "Trem Fantasma", que eu a encontrei por acaso entre os vídeos do You Tube com o Ep "Oliver no planeta do sol" e gamei logo de cara! Indico à todos. É uma banda de rock, blues e tem uma pegada psicodélica nos clips e as letras também são muito boas.



A banda "Caio Corsalette & Dollar Furado" eu conheci no  Som Brasil, eles cantavam músicas do Zezé Di Camargo & Luciano, que eram os artistas homenageados do dia e logo me identifiquei com o estilo country que eles esbanjam. 



"Acústicos & Valvulados" é uma banda de rock de Porto Alegre já bem antiga, de 1991 e já tem alguns bons álbuns de estúdio. Apesar de já ter ouvido algumas de suas músicas aqui ou ali durante esse tempo, foi vendo um de seus clips no canal BRZ que me fez buscar ouvir os álbuns agora, e a experiência está sendo muito boa.



A voz de "Bluebell" conquistou muita gente na abertura da Série "Aline" (ai que saudades), mas até aí eu não sabia de quem era a dona da voz da música até saber por acaso que uma das atrações do Lollapalooza do ano passado contaria com a tal cantora que emprestou sua voz a abertura da série, e ouvindo suas músicas eu me apaixonei por esta linda música:



Não lembro onde e quando vi "Quarto Negro" pela primeira vez, acho que ouvi algo sobre eles no "Leitura Dinâmica". É um ótimo grupo paulista de rock, com arranjos intensos e sombrios e com uma profundidade singular dos seus clips.




"The Baggios" eu conheci no Blog do Regis Tadeu onde ele indicava várias banda legais que estão começando a fazer sucesso, ainda não parei para ouvir as outras músicas mas essa que eu vi no blog é muito boa, espero não me decepcionar com as outras:

 


É notável que há muitas boas bandas por aí esperando ser descobertas que fariam muito mais sucesso se fossem melhor divulgadas. Paro por aqui, mas sempre que estiver ouvindo algo novo eu estarei compartilhando com vocês.

Suzana e o mundo do dinheiro


Encontrei o livro Suzana e o mundo do dinheiro numa banca de livros na faculdade onde estudo, antes de poder chegar perto o bastante para ver o título eu fui atraída pela capa (eu e essa minha velha mania de sempre). A capa é amarela com uma esfera (obviamente o mundo) com vários elementos ao redor, imagens bem grotescas e rabiscadas, uma capa bem infantil, que chama a atenção mesmo, e como eu gosto muito de livros infanto-juvenis, fui conferir o conteúdo do livro. Abaixo segue a foto dessa capa que me atraiu tanto.




O que aconteceu depois foi que me decepcionei (isso mesmo, julgando o livro pela capa). Na minha concepção, o livro não cumpriu a proposta que aparentava ser. Ao ler a sinopse no verso e nas "orelhas" do livro e até mesmo no título, eu já percebi que se tratava de economia, só que dentro do cotidiano da personagem principal. Neste quesito o livro seguiu essa ideia, mas sinceramente esperava algo como OMundo de Sofia, que relata a respeito da filosofia mas não deixou de inserir aquela magia proveniente do mundo infantil, fazendo com que a leitura não se tornasse chata para crianças. Mas o que vi foram apenas conversas, correspondências e um cotidiano nada extraordinário da menina. Enfim o livro aparenta ser bem mais infantil do que ele é, apesar de ter um linguagem fácil. 
Entendo que a intensão do autor Wim Dierckxsens (que tem até uma certa popularidade no ambiente econômico) era exclusivamente levar esse "mundo do dinheiro" até as crianças para que compreendessem melhor como o mundo funciona e lançar uma proposta final sobre como mudar esse mundo provido de tanto capitalismo e cheio dos seus marxismos, e incentivando-as a preservar o planeta, mas achei que ele deveria ter procurado meios que predessem mais a atenção das crianças, além de um monte de diálogos a respeito do assunto. Mas tirando este fato, considerei o livro como uma boa opção de obter conhecimento, pois aborda uma visão geral sobre a economia e como ela acontece, como funcionam as empresas e o que é preciso para progredir nos comércios, passando por todo um contexto histórico.
Enfim, vejo o livro como um bom meio de conhecimento, mas pouco provido de entretenimento. Talvez minha sede pela magia infantil tenha atrapalhado no decorrer da leitura do livro, mas eu o recomendo como uma leitura que faça você abrir o olho para o mundo como ele está, com tanta quantidade e pouca qualidade para que possa fazê-los refletir a respeito do rumo em que estamos seguindo.

Apocalipse Z: o princípio do fim - Manel Loureiro


"Esse era meu gato. Enquanto eu me fodia por uma cidade abandonada e cheia de monstros, morrendo de fome e de sede e arriscando a vida em cada esquina, ele havia passado o tempo todo se empanturrando de comida e comendo aquela bonequinha de olhos verdes."

Terminei ontem de ler o livro "Apocalipse Z: o princípio do fim" de Manel Loureiro, quando comecei a ler achei que não iria gostar pensando que seria só uma cópia escrita de The walking dead, porém  me enganei terrivelmente, o livro conta a história de um advogado que narra o inicio do apocalipse zumbi e sua busca pela sobrevivência junto com seu gato fofo e carismático Lúculo ( eu me apaixonei por ele). A história é narrada em primeira pessoa pelo advogado que cria um blog para relatar os acontecimentos de sua vida, depois que o mundo perde todo rastro de civilização ele passa a escrever em um diário que segundo ele serve de apoio emocional para que ele não enlouqueça, no meio de um mundo apocalíptico ele passa maus bocados e algumas das vezes chega bem perto da morte. A narrativa é excitante e a cada capitulo o autor atiça a curiosidade do leitor sobre o que irá acontecer com os personagens principalmente por que você perceber que se o próximo capítulo não for escrito pelo advogado (sem nome) deve ter acontecido alguma coisa com ele. Eu me apeguei ao gato Lúculo que para mim é o melhor personagem de todos dentro do livro e felizmente tem mais dois livros para seguir meu personagem fofo" Apocalipse Z: os dias escuros" e "Apocalipse Z: a ria dos justos" e espero que Manel escreva muito mais por que a escrita dele é muito boa e os personagens são bem humanos (nada muito fantasioso) você acaba se apegando fácil a eles, o advogado é uma cara bem natural e em alguns momento engraçado ao relatar certas situações que passou. Se tem um livro que indico sem arrependimentos é esse.

TODOS TEMOS SEGREDOS


Quando comecei a assistir Dexter, o seriado já estava em sua sétima temporada. Estava com os dvd´s em mãos, todavia, resisti por um tempo. Culpo a minha paixão por outra série: Bones. É uma reação considerada normal já que temos uma inclinação natural a rejeitar o novo em detrimento do habitual. O conforto do conhecido é sempre mais fácil. Mas, enfim assisti o episódio piloto, gostei, mas nada que me atraísse a continuar assistindo-o naquele momento. Tive meu próprio hiatus e passei os três meses seguinte sem dar sequência a meu plano de assistidas. Em dezembro passado voltei a assistir, inclusive recomeçando pelo piloto novamente. Pronto, isso foi a chave rodada na ignição. Daí por diante não consegui mais parar, assistia de 4 a 5 episódios por dia.
Dexter traz em seu enredo narrativo a temática do segredo. Quem somos quando ninguém está olhando? Que desejos ocultos temos? O que fazemos quando estamos sozinhos? O nascimento dos desejos é marcado por algo que nos leva a isso, seria uma espécie de rito de passagem que nos marca, que nos muda e que nos define quem seremos e o que faremos. Que fato nos definirá amanhã? Em Dexter isso acontece quando o protagonista, ainda criança, vê sua mãe ser morta em um container, onde passou dois dias trancado e coberto pelo sangue dela. Isso definiu sua profissão e a personalidade de Dexter Morgan: Analista de respingos de sangue e serial killer. Contudo Morgan é um assassino diferente, pois, só mata outros assassinos que saíram impunes de seus crimes. Segue o “código de Harry” ensinado pelo seu pai adotivo. Ele mata e esquarteja, jogando os corpos em alto mar em sacos plásticos, guardando sempre uma pequena amostra de sangue que retira de um corte que faz no rosto de suas vítimas como pequenos troféus. Focarei apenas nas quatro primeiras temporadas (já que comecei a assistir a quinta agora). O inicio da série nos mostra um Dexter shakespeariano, dividido em sua personalidade de assassino, de irmão e de namorado. Dexter Morgan é um cara calado e com dificuldades em estabelecer relações sociais com as pessoas. Tem uma namorada, a Rita, que conheceu por intermédio de sua irmã adotiva, a policial Debra Morgan. O relacionamento deles se desenvolve durante as quatro temporadas. Rita que ocupava um papel secundário na trama vai ganhando destaque e importância no enredo. A primeira temporada desenvolve-se em torno da descoberta da origem de Dexter, Dex descobre “verdades” sobre seu irmão, sua mãe, seu pai adotivo e ocorre também a apresentação dos personagens. Na segunda temporada Dexter passa a trair Rita com uma inglesa que também possui um “lado obscuro”, ou como o personagem mesmo chama, o passageiro sombrio. Na terceira temporada o foco se dá no tema da amizade, Dexter desenvolve amizade com o promotor Miguel Prado e passam a matar juntos. Começam as preparações para o seu casamento com Rita que engravida. Na quarta temporada já casados, e com um bebê, seu filho Harrison Morgan. Nessa temporada um novo serial killer está à solta, Arthur Mitchell, conhecido como Trinity, que após uma infância traumática, passa a repetir as mortes que presenciou ainda jovem, e passa a matar em séries de quatro assassinatos: um menino de 10 anos, uma mulher na banheira, uma mãe de dois filhos que pula e ele faz com que pareça suicídio e um pai que é morto a marteladas na saída de um bar, no entanto, como a policia não identifica as mortes do menino acabam contando apenas ciclos de três mortes em diversas cidades e décadas diferentes. O final da quarta temporada deixa o telespectador com a pergunta: isso aconteceu mesmo ou foi um sonho do Dexter? Estou falando amigo leitor da morte de Rita na banheira e de Harrison sentado no chão banhado no sangue da mãe, tal como acontecera com o seu pai no passado. Arthur faz da família Morgan o inicio do seu próximo ciclo se pensarmos em Rita morta na banheira. Pai e filho. Dexter e Harrison. Nascidos do sangue.

Filme: As Vantagens de Ser Invisível



Conheci As Vantagens de Ser Invisível a partir do dia em que a minha amiga Ionara me apresentou, afirmando que a história tinha tudo a ver comigo... Pois não é que tinha! Foi inclusive ela que fez o post aqui falando sobre o livro. Levando na zoação, acabei descobrindo uma grande obra que deve ser lida e vista por todos. Como o livro já foi comentado por aqui, hoje falarei sobre o filme, que assisti há alguns dias atrás. Achei que o filme conseguiu captar muito bem as ideias do livro, mas também achei que faltou muitas partes cruciais que mereciam ser colocadas, mesmo que não tivesse todo o texto integral das cenas.

Vamos lá, o que EU ACHEI que faltou no filme:
- Cadê todas aquelas partes que as pessoas falam "Charlie, esse é o nosso segredinho"?!...
Isso acontece no livro inteiro e fora a parte em Patrik fala isso em relação a Bram, não lembro de ter visto mais no filme... Queria ver o pai dele chorando na cozinha e dizendo isso a ele, após um intervalo do final da série "M.A.S.H." em que todos choravam na sala... E também quando sua irmã engravida e pede para ele acompanhá-la até a clinica para o aborto... Senti falta disso, porque é disso que é feito o Charlie, de favores e segredos para os outros.

- E como eles não colocaram aquela parte tão linda e nostálgica do livro?!
Aquela parte em que ele está voltando para casa no ônibus escolar super triste por querer estar se formando junto com seus amigos, então ele lembra dos tempos de criança no último dia de aula, quando geralmente todos cantavam "Another brick in the wall parte II" ou uma música (que acho que é do Alice Cooper, não sei ao certo) que diz "... nunca mais lápis, nunca mais livros, nunca mais a censura nos olhos dos professores...", então ficavam com medo da reação do motorista, e quando este não mostrava se importar, todos caiam na gargalhada. Foi uma forma tão perfeita de descrever uma nostalgia.

- Eu também queria que aquela conversa com a Sam não fosse mudada em nada...
No início do livro, quando Charlie mostra interesse por Sam, ela diz para ele que nunca dariam certo, por causa da idade, seu relacionamento com Craig e tudo mais e que ele não devia olhar para ela "daquele jeito"... Mas nessa conversa de Sam com ele, quando ela dá um tapa na cara dele (metaforicamente falando), é uma das cenas mais fortes, na minha opinião. O filme apresentou isso? Sim, e achei que ficou muito boa e emocionante também, mas ainda assim, ainda achei que não foi tão intenso como no livro, achei que ficou um pouco modificado as falas, e mesmo sendo apenas uma adaptação, queria mais intensidade.
"― É ótimo que você ouça e seja um ombro amigo para alguém, mas há momentos em que a gente não precisa de um ombro. E se precisarmos de um braço, ou coisa parecida? Você não pode se limitar a se sentar lá, colocar a vida de todos à frente da sua e pensar que o que importa é o amor."

E tem outras partes que eu também gostaria que tivesse, como o último diálogo com seu professor em que ele chora, mas comparando com as que citei, essas poderiam ser dispensadas já que não dá pra pôr tudo, infelizmente. u.u Mas estas são pequenas observações de uma fã chata, o filme em si é muito bom, a trilha sonora é muito boa (principalmente no livro, que tem tantas músicas lindíssimas), com clássicos incríveis de bandas como The Smiths, Pink Floyd, Beatles, Suzanne Vega, U2, David Bowie, Nirvana e tantas outras. Além disso, conseguiram captar bem a personalidade dos personagens no filme, Patrik ficou perfeitamente igual ao que eu imaginava, e apesar de esperar a Sam menos meiga, não posso reclamar da belíssima atuação da Emma Watson, ela é incrível! e o perfeito Charlie do livro que Logan Lerman representou tão bem (sinceramente não gostei dele como Percy, mas o Charlie ele interpretou muito bem). E finalmente, a parte do túnel, tão linda e tão perfeita que eu não poderia deixar de mencionar, aquilo foi demais!

"Eu me sinto infinito..."

Ai que eu não paro mais de falar!... Fiquem com o trailer!
Beijos.

Rio 2054: Os filhos da revolução


Vi em um programa de TV a apresentadora indicando esse livro e fiquei me comichando para ler ele, mas como ainda não posso compra resolvi repassar a indicação segue a sinopse espero que gostem comprem, leiam e me digam se realmente é bom com a sinopse e o título sugerem, ai gente estou doidinha para ler, já li o primeiro capitulo lá página da editora Novo século vou deixar o link para vocês lerem e se deliciarem com essa história que promete.


Rio de Janeiro, 2054. Três décadas após uma guerra civil que começou com a disputa pelos royalties do petróleo, a cidade se vê alvo de uma nova ameaça. Um velho jogo de intrigas e espionagem industrial entre as multinacionais que controlam a cidade ganha novos contornos quando uma perigosa jovem com poderes psíquicos surge nos guetos. Alheio a tudo isso, Miguel é um jovem sem grandes pretensões. Morador de uma região abandonada no pós-guerra, ele sobrevive catando restos de tecnologia e tem uma vida despreocupada. Sem saber o que o destino lhe reserva, ele é convidado para assistir a um duelo de motoqueiros e acaba se tornando o pivô de uma disputa que pode mudar o Rio para sempre. Num lugar onde o bem e mal se confundem, Miguel terá que desvendar os segredos de uma misteriosa inteligência artificial e, para proteger aqueles que ama, bater de frente com as poucas pessoas dispostas a salvar o que resta do Rio de Janeiro. Sem saber que lado escolher, caberá a ele decidir o futuro de uma cidade partida pela ganância. 

Link para o primeiro capitulo: http://issuu.com/novoseculo/docs/rio_2054?mode=window&pageNumber=1

História em música

Hoje resolvi fala um pouco sobre música especialmente aquelas músicas que cantam e contam algum acontecimento histórico ou apenas façam uma reflexão sobre esses acontecimentos, como amo de paixão história e música segue então algumas que selecione e quais dão uma boa aula de história.


Vou começar com um poema de Vinicius de Moraes que virou música na voz de Ney Matogrosso "Rosa de Hiroshima" que é sobre o bombardeio a Hiroshima  na Segunda guerra mundial, o poema/música discute a consequência da guerra fazendo com que o leitor/ouvinte reflita sobre o fato histórico:
 
"Pensem nas crianças 
mudas telepáticas
Pensem nas meninas
cegas inexatas
Pensem nas mulheres
rotas alteradas
Pensem nas feridas
como rosas cálidas..."

"Perfeição" da Legião Urbana é uma música repleta de crítica direcionada ao Brasil, destacando a "cegueira" do povo que mesmo vendo que as coisas não estão boas no país continuam comemorando orgulho de ser brasileiro, música que destaca cruelmente a realidade de ontem e de hoje.

"...vamos celebrar  nosso governo
e nosso estado que não é nação
Celebrar a juventude sem escola
as crianças mortas
celebrar nossa desunião..."
"...Vamos comemorar como idiotas 
a cada fevereiro e feriado
todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais..."

"Civil War " de Guns' and roses fla sobre a Guerra Civil e sobre acontecimentos na Guerra do Vietnã. Segue um trecho traduzido.

"E eu não preciso de sua guerra civil
ela alimenta os ricos enquanto enterra os pobres
Sua fome de poder vendendo soldados
Em um armazém humano, não é uma graça?
Eu não preciso de sua guerra civil"

"Do The evolution" do Pearl Jam fala sobre a evolução do homem através do tempos criticando o passado e o presente e prevendo um suposto futuro para os seres humanos, o clipe dá um tapa na cara da humanidade através da história.

 "Me admire, admire minha casa
admire meu filho, ele é meu clone
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu farei o que quiser embora irresponsavelmente
Isto é evolução, baby"

"Run to the hills" do Iron Maiden trata-se de uma musica que fala sobre a colonização da América e os maus tratos que os índios sofreram e a exploração de suas terras pelos colonizadores.

"O homem branco veio pelo mar
nos trouxe dor e sofrimento
matou nossas tribos, matou nossas crenças
levaram nosso jogo com  suas próprias regras"

"Wade in the water"  é uma música Negro Spiritual que tinha por finalidade guiar os escravos que fugiam a seguiram o caminho certo para liberdade, as  músicas Negro Spiritual refletiam pesamento político abolicionista, mascarando em versos religiosos a vontade e busca pelo fim da escravidão. Na música "Wade in the water" aconselhava aos escravos seguirem durante a fuga para poderem alcança a liberdade ou a ajuda de algum abolicionista.

"Caminhe na água
caminhe na água, crianças
caminhe na água
Deus vai agitar a água
Deus vai agitar a água"

" Façade of reality" da banda Epica fala sobre o 11 de setembro e sobre as questões religiosas que levaram ao trágico atentado que matou muitos, nessa música tem um pequeno trecho do discurso do então na época primeiro ministro do Reino Unido Tony Blair onde ele fala sobre os atentados ao Estados Unidos.

" Pessoas criaram invenções religiosas
para dar a suas vidas um lampejo de esperança
e para amenizar o seu medo de morrer
e pessoas  criaram intenções religiosas
apenas para se sentir superior
e ter uma licença para matar"
 
Trecho do discurso de  Tony Blair:
" Este terrorismo em massa é um novo mal em nosso mundo atualmente..."
"Para estas pessoas que perderam suas vidas no 11 de setembro e aqueles que sofrem por eles, agora é a hora de ter força para construir esta comunidade...Deixe isto ser em memória deles"

Existem varias músicas que abrangem temas históricos se tiver mais alguma dica é só comentar.

Filme: Legião


Apesar de ter sido de 2010 só consegui assistir ontem esse filme. Para uma história que fala de anjos brigando entre si e sobre a salvação da humanidade nas mãos de um recém nascido, a história esta meio que ultrapassada, mas como era baseada em uma HQ achei que merecia o crédito de ser visto e avaliado, não gostei do que assisti, muitas falhas, fotografia péssima, trilha sonora horrível, atores que deixaram a desejar o filme todo, com exceção  do Paul Bettany e do Dennis Quaid esse que na minha opinião estava quase irreconhecível, porém o resto do cast  meio que estavam perdidos em suas atuações,  não sou de negativar um filme e nem irei fazer isso com esse, é um ótimo passa tempo, talvez se a direção e a produção tivessem se empenhado mais na narrativa do que no exagero de armas e brigas sem sentido, o filme não tivesse sido tão cheio de espaços a ser preenchidos. Bettany é um anjo em tudo (aiaiai lindão), mas os outros anjos que são enviados pra acabar com os humanos parecem mais demônios, confusão geral.

Ficheiro:Poster Legião.jpeg

A história é sobre Deus perder a fé na humanidade e manda seus anjos acabarem de vez com a raça humana, só que Miguel resolve desobedecer os desejos do pai e cortando as assas vem para terra ajudar uma garota dar a luz ao salvador da humanidade enquanto o apocalipse está acontecendo e tudo isso acontece no meio do deserto em uma lanchonete onde algumas pessoas ficam pressas por causa dos acontecimentos provocados pela fúria de Deus.

Quem quiser conferir se exagerei não irá perder seu tempo, pois é um bom filme para quando não se tem nada de mais importante a se fazer e quer relaxar um pouco em frente a TV.

A garota das laranjas



“Nós vivemos dentro de um grande conto de fadas, do qual ninguém faz realmente ideia”.

Eu sou uma apaixonada pelo "O mundo de Sofia" e fuçando pela net uma madrugada dessas encontrei um ebook com o nome do "A garota das laranjas" cujo escritor  é o Jostein Gaarder o mesmo autor de "O mundo de Sofia", então fiquei eufórica e resolvi baixar para ler esse livro e me me apaixonei novamente pela escrita mágica e espetacular de Gaarder ele me surpreendeu novamente com uma história cheia de sentimentos humanistas e que faz com que o leitor queira fazer parte daquele mundo.
"A garota das laranjas" é uma história contada por um garoto chamado Georg Reed que perdeu o pai quando ainda era pequeno e que aos 15 anos descobre pela vó que o pai escreveu um carta (livro) para que Georg lê-se quando estivesse na idade certa, porém o livro ficou desaparecido por um tempo e sua avó acaba encontrando por entre os forros do carrinho de bebê que pertenceu a Georg  quando criança, o pai de Georg tinha uma doença terminal e resolveu deixar esse livro como uma forma do filho ter um pouco de si para ele no futuro, nesse livro Georg descobre como o pai dele conheceu sua mãe e algumas coisas sobre o próprio Georg quando era criança e como o amor pode modificar as pessoas. No começo do livro Georg fala que a história é ele e o pai que vão contar mostrando que mesmo morto o pai dele está presente ensinando e participando de sua vida.
O livro é muito bem escrito é como se fosse uma confissão sobre como o mundo muda para nós quando crescemos e de como lidamos com essas mudanças, faz com que o leitor se questione sobre a vida, felicidade, amor, família, futuro, morte etc. sem deixar perder o foco de o que importa é o amor entre as pessoas e a importância desse sentimento na vida delas. Gaarder deixa um pouco de lado a pegada filosófica de   "O mundo de Sofia", mas não perde o poder de encantar com as palavras, o livro é pequeno, mas poderoso, faz pensar muito sobre as relações humanas.

Para uma pessoa como euzinha que não gosta muito de falar sobre amor nem muito de ler sobre o tema, esse amor em "A garota das laranjas" me pegou de jeito, então minha dica é comprem e leiam ou baixem e leiam você vai se encantar e se apaixonar por mais um livro.

As Melhores Coisas do Mundo


As melhores coisas do mundo é um filme brasileiro de drama de 2010, inspirado na série de livros Mano, que a propósito eu não li, mas achei o filme bacana, apesar de ter perdido o início. Ele estava passando na Sessão Brasil desta semana, nem sabia que filme ia passar, mas acabei parando nele enquanto mapeava os canais e decidi assistir. Tive sorte de ter ligado a tempo para que pudesse entender o restante do filme. É um desses filmes adolescentes de colégio, mas não é nada fútil, pois aborda muitas temáticas importantíssimas como o bullying, a popularidade (que uma das metas mais desejadas por um jovem em um colégio, essa eu considero fútil), a depressão na adolescência, sexualidade, fofocas, intrigas e a desestruturação familiar. Isso tudo envolvendo o pobre Mano (Francisco Miguez), um garoto de apenas 15 anos que enfrenta toda essa agonia que é ser um adolescente procurando um lugar na sociedade.
No início ele desabafa tudo com o seu professor de violão, amigo e confidente (Paulo Vilhena), mas logo o mesmo sai da cidade e ele se encontra sozinho, sendo o foco de muitas fofocas e o bullying por causa da sexualidade do seu pai (Zé Carlos Machado), que recentemente separou-se de sua mãe (Denise Fraga). Além do fato de já ser bastante difícil ter que passar por tudo isso, todas as notícias do colégio são postadas em um blog, desses típicos de pessoas fofoqueiras. O irmão de Mano (Fiuk, que é tão ruim atuando quanto cantando), por sua vez passa por uma fase difícil com o termino do seu relacionamento e tenta se suicidar. E sua melhor amiga (Gabriela Rocha) acaba acreditando que foi Mano quem espalhou sobre o beijo que ela deu no professor (Caio Blat) e causou sua demissão. Enfim, o filme aborda milhares de assuntos envolvendo tanto o fútil como também assuntos muito sérios envolvidos na adolescência, que estão inseridos principalmente nos colégios, o lugar onde se constrói uma imagem.


O filme é uma ótima pedida, tanto para os jovens quanto para os pais, como forma de esclarecer esses problemas enfrentados na adolescência. Aparentemente parece ser um filme bobo pela sinopse e até mesmo o próprio título, mas quem assiste percebe que filmes como esse estão em falta no Brasil (que cá entre nós, ultimamente só tem lançado filmes de comédia), com um bom conteúdo e visando os problemas da sociedade e que não se limite apenas a miséria e a pobreza. Não que isso não seja importante, mas é preciso ter uma diversificação no universo filmico. E só pra constar, esse filme ganhou 8 prêmios no Cine PE (Festival de Cinema do Recife) e foi o campeão do evento. Além de também ter ganho o prêmio de Melhor Filme no Festival Internacional de Cine para La Infancia y La Juventud de 2011 em Madri.

O trailer do filme é esse: 

Where the wild things are



Hoje eu ia falar de outra coisa, mas decidi mudar a minha postagem devido ao apaixonante filme "Onde Vivem os Monstros" que passou no SBT na terça (sim, eu assisti dublado mesmo, porque eu estava louca por esse filme). Logo depois fui imediatamente baixar a trilha sonora do filme (que é tão doce e fofa!). 


Lembro que o livro eu li em dois segundos, porque ele bem curtinho mesmo, para crianças bem pequenas de até 5 anos, cheio de imagens e frases curtas, bem direto, mas não deixando de ser muito bom também (aliás, eu aceito ele de presente). Mas foi o filme (e não se enganem, diferente do livro, este se destina especificamente aos adultos) que me encantou porque ele expôs mais detalhadamente os sete monstros e a interação de Max com eles, as dificuldades etc. que no conto não é tão nítido. Sinceramente, os monstros lembraram a minha família, mais especificamente eu e os meus irmãos, brigando e se entendendo, cada um com sua característica mais dominante. O mais engraçado é que somos em sete (isso mesmo, sete! O passatempo preferido dos meus pais era fazer filhos, haha) e sem dúvida, eu sou o Alexander, porque ninguém nunca me ouve! u.u


"É, essa é nossa família. Às vezes a gente tem um jeito estranho de demonstrar e fazemos coisas estranhas e até podemos magoar as pessoas". - Carol

Mas mais do que tudo, o filme se destaca pelo fato de como o menino se depara com os seus monstros (ou seus sentimentos, como assim eu entendi), é como se fosse uma análise dentro de si e a mensagem é que você deve ser o Rei de si mesmo e dominar esses monstros, mesmo que muitas vezes o rei deixe seu cargo pela pressão imposta, só que não se deve desistir.


"E no caminho, eu posso mostrar o seu reino. Isso tudo é seu! Você é dono desse mundo! Quer dizer, menos daquela árvore. Quer dizer, a árvore é sua, mas o buraco nela não, o buraco é do Ira. Mas tudo no mais no reino é seu. Menos aquela pedra grande. Aquela pedra grande, do lado da pequena. Mas tudo no mais no reino é seu. Quero que seja rei para sempre, Max". - Carol

"Ele é um menino, fingindo que é um lobo, fingindo que é um rei!". - Douglas

No final... Bem, não tem exatamente um final... Ou pelo menos um final feliz como todos esperam. Num filme clichê, o menino só iria embora quando resolvesse o problema de cada um dos monstros e todos seriam felizes para sempre. Mas quando Max deixa a ilha dos monstros, Carol e KW não haviam se entendido ainda (comparo-os como o próprio Max e a mãe dele). Mas é aí que está, o desfecho da história está exatamente em sua volta para casa, no seu reconciliamento com sua mãe, essa era a chave para os monstros se aquietarem. A parte que eu considerei mais intensa foi a despedida, em como é difícil dizer adeus, mesmo que fosse para seus monstros, que ele já lhes tomava amor.



"Não vá, eu posso te devorar de tanto amor!!" - KW

Carol é o monstro que Max mais se identifica, porque é a característica que mais se sobressai nele, a rebeldia causada pela sua solidão. 


"E você entende de solidão?" - Carol. 

Mas todos os outros de certa forma estão presentes nele, como Alexander, que se enquadra no fato de ninguém o entender e as críticas de Judith, e assim sucessivamente. Além de KW que o sentimento materno pelo qual ele sente falta. 


"Eu queria que vocês tivessem mãe". - Max



"Mas ter felicidade nem sempre é o melhor jeito de ser feliz". - Judith

Trailer do filme:


Então é isso aí. Até breve.


AUUUUUUUUUUUUUHHH!!!

Uma vida interrompida: Memórias de um anjo assassinado


"Meu sobrenome era Salmonsalmão, igual ao peixemeu primeiro nome era Susie. Eu tinha 14 anos quando fui assassinada no dia 6 de dezembro de 1973"


Há nove anos atras entro nas Americanas em João Pessoa acompanhada por minha mãe/vó e dou de cara com um livro com um título e uma capa triste, então começo a fazer birra para minha mãe comprar choraminguei até que ela se rendeu e comprou, depois fiquei com a consciência pesada me perguntando "e se eu não gostar da história minha vó vai ter gastado dinheiro a toa", porém eu amei a história de Susie Salmon, Salmão igual ao peixe :D. Foi nesse livro que pela primeira vez quis que existisse um lugar realmente   a onde ir depois de morrer, até escolhi como seria meu céu, foi a primeira vez que me importei pela história de vida de um autor, e foi a primeira vez que li um livro que me deixasse de olhos inchados de tanto chorar e desejando chorar mais quando fizessem um filme sobre ele, esperei por anos e acabei me esquecendo de querer um filme, até que no sábado passado a rede Globo anunciou um filme de nome "Um olhar do paraíso" fiquei tão intrigada que a história do filme se ligava tanto a do livro que resolvi assisti e não é que era o filme que tanto esperei " The Lovely bones" que é o título original do filme e do livro de Alice Sebold.
O que dizer mais sobre  essa adorável e triste história da menina que foi assassinada e que via a vida continuar sem ela e as pessoas a quem amava tentando seguir em frente depois da morte dela, quem não gostaria de ver o que acontece com quem fica aqui depois de morremos? Susie conseguiu ver e sofrer com sua família, talvez não haja paraíso, mas se tiver quero o meu igual o da Susie repleto de coisas boas e onde eu possa ver aqueles que amo seguindo em frente, parece ser triste, porém é uma história inspiradora, bela e revoltante, quando você sabe quem é o assassino logo nas primeiras folhas e quer entrar na história par pode machucar ele como ele machucou Susie, eu sofri com a morte dela no livro e sofri muito mais vendo o filme que ficou perfeito com as interpretações de Saoirse Ronan (Susie), Rachel Weisz (como a mãe de Susie), Mark Wahlberg (como o pai de Susie) e Susan Sarandon (como a vó de Susie), Saoirse e Mark ficaram muito parecidos com os personagens do livro e achei o filme perfeito.


Quem nunca leu ou assistiu minha dica é a que a tem no inicio do livro deixe tudo de lado para entrar no mundo de Susie Salmon que você não irá se arrepender.

Clássicos da Literatura Brasileira em HQ

A minha postagem de hoje é sobre um amor platônico que eu tenho pelas HQs de alguns clássicos brasileiros da editora Ática. A coleção Clássicos Brasileiros em HQ foi produzida por vários artistas, roteiristas e ilustradores, mas quem mais se destaca nas produções são Rodrigo Rosa (ilustração) e Ivan Jaf (roteiro), que foram reconhecidos pelo trabalho em Dom Casmurro, a obra em maior destaque na coleção. Veja uma parte da HQ:

Dom Casmurro

A coleção inclui obras como: O Alienista (que a propósito foi ilustrada por César Lobo, traços magníficos!); Memórias de um sargento de milícias e O Cortiço (respectivamente também com a atuação de Rodrigo Rosa e Ivan Jaf); A Escrava Isaura; O Guarani; O Ateneu e vários outros clássicos. Eu achei isso simplesmente genial! Pois abrange a diversividade de uma leitura dos clássicos, mesmo que não estejam na integra, mas que de certa forma propaga as histórias e atrai o interesse de quem não se identifica com a leitura dos livros. Se bem que não é a primeira vez que a ideia é executada, esta tática já vem sido utilizada a muito tempo e em várias obras famosas como A Metamorfose, Drácula, Sherlock Holmes, obras de Shakespeare e entre outras. No entanto, o cenário brasileiro ainda encontra-se pouco provido da mesma e o veiculamento das obras por meio de histórias em quadrinhos por aqui tem sido acolhido de forma positiva e a utilização delas como método pedagógico nas escolas também pode ser algo bastante promissor. Confiram as capas da coleção:

  
   
  
  
 

Livro: Luxúria


Luxúria da Eve Berlin é um livro que segue o mesmo lance erótico de 50 tons de cinza e Toda sua, com  BDSM, sendo assim quer se interessar pela leitura fique preparado que é isso que irá encontrar, porém em doses regulares nada de hard é claro que quem nunca leu esse tipo de literatura pode se impressionar com a clareza das palavras quais a escritora escreve sobre o ato sexual entre Alec e Dylan. O casal da história são bem adultos, bem resolvidos sexualmente e profissionalmente, o que acontece entre eles não é surpresa para nenhum dos dois, mas o sentimento nasce entre eles é esperado (ou não seria romance) só que a repulsa por esse sentimento é o que enlaça toda narrativa, nenhum deles quer admitir que o envolvimento é mais do que apenas sexual.


É uma leitura fácil e rápida sem muitas voltas e sem mistérios, é tudo muito rápido, sexo rápido, possessividade rápida, amor rápido etc, os acontecimentos são bem previsíveis nada de surpreendente, mas para quem gosta do tema em questão é uma boa história nada de reviravoltas nem muitos detalhes e é bem focado no erotismo.É uma trilogia (tudo agora é trilogia, virou moda) porém são histórias separadas não contem os mesmo personagens principais o que liga um livro ao outro é só a amizade entre personagens, para mim a autora podia ter se estendido muito mais e ter dado um bom fim na história de Luxúria senti muita falta de um fim melhor. É uma narrativa picante, porém não deixa aquela vontade de continuar participando da vida dos personagens (como em 50 tons de cinza) nem, pelo menos para mim,  faz você querer que a tenha uma continuação. Um ponto bom é a narrativa em terceira pessoa e melhor ainda você sabe sobre os sentimentos dos dois personagens o que me agradou muito ter uma visão do que ambos estão sentindo.

Como toda leitura é bem vinda essa foi regular, mas interessante, li em Ebook, espero que os próximos livros sejam bem melhores e me façam querer comprar o livro físico.

A nova versão de Carrie, A Estranha



Então, todo mundo lembra do filme Carrie, A Estranha de 1976 que foi inspirado no primeiro romance, chamado Carrie, de Stephen King e que teve uma sequência chamada A Maldição de Carrie e tudo mais  né?... Então, recentemente foi divulgado um remake do filme que estará disponível nos cinemas no próximo ano, em 15 de março. 
A personagem principal será interpretada por Chloë Moretz, isso mesmo, aquela menina que fez 500 dias com ela A invenção de Hugo Cabret e vários outros filmes renomados. Fiquei muito contente com a escolha da atriz, acho que ela tem um grande potencial e tem interpretado muito bem todos os papéis que foi submetida até agora, gosto muito do seu trabalho.
Pelo que já deu pra perceber, o filme promete ser uma grande estréia para o próximo ano e a produção está caprichando. Enquanto o filme não sai, vamos conferir o trailer que já está disponível na internet, ainda sem legenda (eu já vi umas dez vezes e não vejo a hora de ver o filme!):


Sakura Card Captors




Sei que muitos já assistiram esse mangá, mas estou aqui para indicá-lo a quem nunca nunca ouvi se quer falar dele e destacar o porquê assistir ou re-assistir. Sakura Card Captors é uma série de mangá que conta a história de uma garotinha de 10 anos que encontra um livro (Livro Clow) que contém 52 cartas com poderes mágicos incríveis quando ela abre o livro a primeira carta que ela pega é a carta vento e ao ler o nome todas outras cartas somem levadas pelo poder do vento com esse acontecimento o guardião do livro que está tirando um cochilo acorda e diz que ela tem que recuperar todas as cartas já que foi ela quem abriu o livro e teve o poder de dominar uma das cartas (é mais ou menos isso) então ela se torna a Sakura card Captors. Por que que ela tem que recuperar as cartas? bem por que as cartas que escaparam teêm personalidades e começam a afetar o ambiente qual estão expostas causando muitas das vezes caos completo.   Você pode perguntar o que tem de legal nesse mangá? vou numerar para você:

1- Foi um mangá de menina, mas que muitos meninos adoravam; (dificil de se ver hoje em dia)
2- A história é uma das melhores de todos os tempos e quando acabou fãs choravam querendo mais;
3- Cada episódio envolve amizade, confiança e amor ao próximo;
4- Personagens apaixonantes como: Tomoyo, Sakura, Kero e aiaiaiaia Yukito :D
5- A história nunca perdeu sua magia.
6- É um bom exemplo da força da amizade ( lembrei pq tenho amigos como Sakura que valem ouro para mim)
7- E simplesmente por que é muito muito e exageradamente bom.

Aproveitem e procurem na net tem para baixar e quem não encontrar pode entra em contato que consigo ele completo :D

Desenhos animados e a II Guerra Mundial


Os desenhos animados foram criados com um intuito de diversão e entretenimento para as crianças. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial eles se tornaram grandes ferramentas para promover a guerra ou formar aliados, dispondo de acontecimentos da época que influenciavam as pessoas que os viam.
É muito vasto o número de desenhos disponíveis com conteúdo nazista ou simplesmente envolvido com alguma temática da época da guerra. O mais conhecido e comentado é o do Pato Donald, em que o personagem se apresenta como um soldado e executa todas as ações que um soldado deveria cumprir sem direito a reclamações. Mais do que uma apresentação dos fatos, o desenho veicula e estimula toda a adoração destinada a Hitler.



Além deste, há também muitos outros, um deles envolve até o Looney Tunes, no episódio "Daffy - The Commando":

Os três porquinhos, por sua vez, mostraram o lado dos prejudicados pelos nazistas, que se encaixariam como os Judeus. 



No Japão foi produzido um desenho com a intenção de denegrir a imagem dos Estados Unidos. O que havia nele? Apenas o personagem Mickey Mouse bombardeando e promovendo caos a uma ilha onde os habitantes festejavam em total felicidade até começarem a se tornar alvos do ratinho.

No mesmo naipe, encontramos também o Popeye, envolvido nessa guerra entre o Japão e o USA. Confiram a seguir este episódio que foi banido:


E lembram do famoso personagem brasileiro "Zé Carioca"? Pois é, ele também se envolve na temática. Não pensem que ele foi criado apenas porque os produtores da Disney simpatizavam pelo Brasil sem nenhum motivo prévio. Zé Carioca foi criado apenas com o intuito de induzir o Brasil a ficar do lado dos Estados Unidos na Guerra. Para se ter ideia, o episódio foi exibido somente aqui, no Brasil. Eis o episódio "Aquarela do Brasil":


Enfim, esse assunto tem uma extensão imensa, por isso vou ficando por aqui, deixando como dica pra quem se interessa com o tema. A temática é interessante, mas não deixa de ser algo lamentável e covarde, utilizando-se de uma mídia para crianças como uma ferramenta para induzir pessoas a fazerem algo 

Simony