É narrado em primeira pessoa por Lex, que ao passa por uma tragédia em família frequenta um terapeuta e esse pede que ela escreva um diário contando como ela se sente, o diário não precisaria ser lido por ninguém só se ela desejasse. Há sete semanas o irmão de Lex cometeu suicídio, deixando apenas um pequeno bilhete para a mãe, Lex acredita que se tivesse falado com seu irmão momentos antes do ocorrido ela teria conseguido salvá-lo, como ela não conseguiu ela se sente culpada, mesmo que não demonstre para os outros ela através do que escreve no diário descreve o processo de perda, dor e recuperação que a mãe e ela estão passando.
Há momentos da leitura que achei que o livro iria entrar nas questões espirituais iria seguir o lado mais espirita, mas Hand soube por na medida certa as questões sobre o suicídio, sobre a perda e sobre a religiosidade, a autora trabalhou bem um tema forte e doloroso. A maneira que ela escreve sobre o que a mãe e a irmã de Tyler ficam depois de seu suicídio, os olhares, os julgamentos o preconceito e a família enfrenta somado com a dor da perda precoce e premeditada de alguém que ama, a autora sobre criar um ambiente de tensão, apreensão, perda, porém com um ar de saudade. Me senti familiar a Tyler, me senti amiga dele, não entendi por que ele se matou, acredito que não entenderei mesmo se ler o livro mil vezes, mas compreendi que as palavras escritas no post it eram tão fortes e verdadeiras que ele não achou outra saída. É claro sempre há uma saída, porém como leitora procurei analisar os dois lados o do Tyler e o da mãe e irmã, a perda de quem se ama é muito ruim e viver sem se sentir completo e feliz também é ruim, são pesos diferentes. O livro traz um tema difícil de digerir, mas um tema real.
Gostei da escrita e do desenrolar da história é um bom livro, um livro que vai fazer você pensar muito nele depois de ler.